A Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS) é uma forma de Parkinsonismo atípico caracterizada por alterações do sistema autonômico, da coordenação e pouca resposta ao uso de levodopa.
É uma doença rara que geralmente se inicia entre 50-60 anos de idade com igual distribuição entre homens e mulheres. Na população com mais de 50 anos, a prevalência é de 2-5 casos em cada 100.000 pessoas.
Até hoje nenhum fator de risco ambiental foi bem estabelecido.
A causa ainda é desconhecida. Embora já seja conhecido que ocorre acúmulo anormal de uma proteína, a alfa-sinucleína, no cérebro dos pacientes, ainda não se sabe por que isso ocorre e nem como evitar sua progressão.
O cérebro é responsável pelo controle de várias funções do organismo, desde a memória, fala, coordenação, movimentos até o sono e ajuste fino da pressão arterial. Na AMS várias regiões do cérebro deixam de funcionar normalmente causando uma diversidade de sintomas. Dentre esses sintomas, os mais comuns na AMS são:
Cada paciente é único e cada um apresentará apenas parte dos sintomas acima descritos com uma gravidade diferente. Enquanto alguns pacientes apresentam marcadamente alteração na coordenação sem parkinsonismo (tremor/lentidão/rigidez), outros a coordenação está poupada, porém o parkinsonismo será mais evidente.
Observando isso, podemos subdividir essa doença conforme os sintomas mais intensos e evidentes:
O diagnóstico geralmente é clínico, ou seja, depende da conversa com o especialista e do exame físico neurológico. Apesar disso, nas fases iniciais da doença, pode ser difícil diferenciar a AMS das outras formas de parkinsonismo. Alguns exames podem auxiliar no diagnóstico, sendo os mais utilizados a ressonância magnética, o exame para avaliação do controle pressórico (tilt test) e exames para avaliar o funcionamento da bexiga.
Apesar destes exames conferirem maior confiança ao diagnóstico, a certeza só é possível com avaliação de amostras de tecido cerebral, um procedimento invasivo que não é realizado no dia a dia para estes casos.
Existe tratamento para controle de sintomas sendo importante para melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações associadas a doença. Apesar disso, a MSA é uma doença degenerativa cujo tratamento de cura ainda não foi descoberto. Deste modo os sintomas tendem a piorar com o passar do tempo, por isso a importância do tratamento precoce visando garantir melhor funcionalidade e qualidade de vida ao paciente.
Considerando que está doença apresenta uma grande variedade de sintomas, o tratamento é individualizado tentando contornar os principais sintomas de cada um. Segue a relação das principais queixas com o objetivo de tratamento e tratamento utilizado:
Queixa | Objetivo do Tratamento | Tratamentos disponíveis |
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Sintomas motores:
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