Dor de Cabeça Tensional
A Cefaléia Tensional é a dor de cabeça mais comum na população sendo a segunda doença mais prevalente em todo mundo com alto impacto socioeconômico. Apesar disso, a grande maioria dos pacientes apresentam menos de uma crise no mês.
Essa dor de cabeça costuma ser caracterizada por uma dor de leve a média intensidade, em aperto ou pressão, dos dois lados da cabeça que frequentemente piora nos períodos de forte estresse emocional. Embora esta dor não costume impedir o paciente de exercer suas atividades cotidianas no trabalho ou nos estudos, pode mesmo assim causar grande impacto na qualidade de vida a depender da frequência, intensidade e duração das crises.
A causa da dor de cabeça tensional ainda não é bem conhecida, provavelmente é multifatorial, ou seja, tem diversos fatores que somados numa pessoa desencadeiam a dor. Acredita-se que fatores ambientais e genéticos sejam responsáveis por um processo de sensibilização dos receptores de dor do músculo (chamados de nociceptores miofasciais) e por um processo de sensibilização das vias centrais de dor alterando a capacidade de “percepção de dor” destes indivíduos de modo que passem a sentir dor com maior facilidade, mesmo para estímulos que anteriormente não causavam dor.
O diagnóstico é feito com base na história relatada pelo paciente e no exame físico neurológico, não sendo necessários nenhum tipo de exame complementar. Exames adicionais são realizados apenas se houver algum sinal de alerta para outras causas de dor de cabeça (veja aqui, Sinais de Alarme).
De um modo geral na maioria dos casos medicações orais com efeito analgésico e/ou relaxante muscular são suficientes para um bom controle da dor. A depender do caso podemos realizar bloqueio analgésico intramuscular nos pontos de contratura muscular (veja aqui).
Importante ressaltar que todos os tratamentos, como o agudo da dor de cabeça, devem ser individualizado e levam em consideração outras doenças e características de cada paciente. Para exemplificar a importância desse cuidado, podemos citar a piora do funcionamento dos rins em pacientes portadores de doença renal crônica quando alguns tipos de analgésico são utilizados.
Nesse procedimento uma pequena quantidade de analgésico é inserida diretamente nos músculos doloridos com o auxílio de uma seringa.
Esse é um ponto muito importante do tratamento, o excesso de analgésicos piora a frequência e intensidade da dor de cabeça sendo um dos principais fatores para o desenvolvimento de dor de cabeça crônica (veja aqui, Cefaléia por Abuso de Analgésico).
Sim. Podemos dividir o tratamento de prevenção da dor em dois braços:
Obs: Você achou estranho usar antidepressivo para dor de cabeça? Pois é, curiosamente alguns remédios são capazes de tratar diferentes doenças e alguns tipos de antidepressivos demonstram bons resultados não apenas no tratamento da dor de cabeça, mas também para outros tipos de dor como dor dos nervos (dor neuropática) ou até mesmo dor por fibromialgia.
Com base na frequência, na intensidade e na duração das crises de dor de cabeça é possível estabelecer seu impacto na vida social e na funcionalidade no trabalho e nos estudos. Justamente o comprometimento das atividades cotidianas é considerado como o principal indicativo do tratamento preventivo na dor de cabeça.
A escolha da medicação a ser utilizada, será tomada em conjunto com o paciente após o esclarecimento dos tipos de tratamentos disponíveis, dos benefícios e dos possíveis efeitos colaterais associados.
O tratamento preventivo é importante para melhorar a qualidade de vida dos pacientes através do controle da dor de cabeça, veja o esquema abaixo.
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