A enxaqueca, também denominada migrânea, é um dos tipos de dor de cabeça mais frequentes na população acometendo cerca de 12% das pessoas. Observamos que as mulheres são especialmente mais afetadas, dependendo da faixa etária podem apresentar prevalência até 3 vezes maior que os homens.
Embora todo mecanismo genético relacionado a enxaqueca ainda não seja completamente conhecido, sabe-se que essa doença apresenta um padrão de herança genética poligênica complexa por isso frequentemente existe mais de um membro da família acometido.
Lembrando que cada tipo dor de cabeça apresenta características únicas, parte do diagnóstico depende do autoconhecimento do paciente sobre a sua dor de cabeça. Na enxaqueca, deve-se observar a presença das seguintes características:
Lembrando que o diagnóstico será feito sempre por um especialista com uma combinação desses sintomas, não sendo necessário a presença de todos. Além disso, o abuso de analgésico pode modificar as características da dor.
A enxaqueca pode ser classificada pela presença/ausência da aura, essa distinção tem implicações importantes inclusive no momento da escolha do anticoncepcional, (veja aqui anticoncepcional e enxaqueca):
A aura são sintomas neurológicos, visuais, sensitivos, de linguagem ou motores, que ocorrem de forma transitória, com duração máxima de 1 hora cada um, geralmente antecedendo o início da dor de cabeça. Eles ocorrem em cerca de 25-30% dos pacientes com enxaqueca.
Alguns pacientes apresentam maior desconforto pela aura do que pela própria dor de cabeça. Seja por apresentarem aura sem crise de dor de cabeça ou então por terem auras limitantes com perda de campo visual, alteração sensitiva ou de linguagem. Nestes casos há tratamentos específicos que focam a prevenção da ocorrência da aura.
O diagnóstico de enxaqueca é clínico, ou seja, feito apenas com base na história que o paciente conta e no exame físico neurológico. Em casos selecionados, quando existe suspeita para outras doenças causadoras de dor de cabeça que não seja a enxaqueca, pode ser necessários exames complementares, em especial os exames de imagem do cérebro.
Fatores desencadeantes são situações em que, quando os pacientes são expostos, possuem um alto risco de apresentar uma crise de enxaqueca. Existe uma diversidade de possíveis desencadeantes, listados abaixo, porem cada indivíduo é susceptível a apenas parte desses gatilhos. O controle adequado da exposição aos fatores gatilhos fazem parte do plano terapêutico da enxaqueca.
Neste caso não existe uma regra no tratamento, o autoconhecimento do paciente permitirá saber quais situações deve evitar. Sendo assim, para aqueles em que determinado alimento, como por exemplo o chocolate, desencadeia crise devem evitar a ingesta desmedida deste alimento.
Sim. Podemos dividir o tratamento de prevenção da dor em dois braços:
Obs: Você achou estranho usar antidepressivo para dor de cabeça? Pois é, curiosamente alguns remédios são capazes de tratar diferentes doenças e alguns tipos de antidepressivos demonstram bons resultados não apenas no tratamento da dor de cabeça, mas também para outros tipos de dor como dor dos nervos (dor neuropática) ou até mesmo dor por fibromialgia.
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