Trata-se de uma doença neurodegenerativa que cursa com dois grandes tipos de sintomas, os sintomas motores e os não motores. A maioria das pessoas associam a DP apenas aos sintomas motores, em especial ao tremor, porém este sintoma pode demorar anos para surgir e as vezes pode ser muito discreto no início da doença. Isso causa atraso no diagnóstico, no tratamento levando consequentemente a piora de qualidade de vida. Por este motivo é importante conhecer um pouco mais sobre todos os sintomas que podem estar presentes na DP.
Esses dois grande tipos sintomas são:
Sintomas não motores: podem ocorrer alguns anos antes dos sintomas motores
Sintomas motores: são os sintomas mais conhecidos desta doença sendo obrigatório que o paciente tenha ao menos dois dos seguintes sintomas:
A incidência dessa doença varia conforme a idade sendo incomum abaixo dos 40 anos de idade com aumento significativo após os 60 anos. A idade média do diagnóstico ocorre com cerca de 70 anos. Afeta cerca de 100-200 pessoas a cada 100.000 pessoas com mais de 40 anos de idade.
A DP é uma doença neurodegenerativa cuja causa ainda é desconhecida. Apesar disso, sabe-se que está associada ao acúmulo anormal de uma proteína chamada de alfa-sinucleína no Sistema Nervoso causando morte das células do cérebro, os neurônios. Esse acúmulo anormal se inicia em algumas regiões do cérebro se espalhando lentamente ao longo dos anos para outras regiões.
Conforme ocorre esse espalhamento, ocorre a perda de função dessas novas regiões atingidas desencadeando o início de novos sintomas ou agravando sintomas pré-existentes. Com isso podemos relacionar a progressão deste processo de degeneração – do acúmulo anormal de alfa-sinucleína – à progressão e piora dos sintomas. Veja na figura abaixo um esquema com a progressão do acúmulo de alfa-sinucleína com a progressão dos sintomas da DP.
Considerando a progressão do processo de degeneração do Sistema Nervoso acima descrito, podemos dividir a DP em fases conforme a progressão dos sintomas. Estas fases são:
O diagnóstico é clínico, realizado com base nas características clínicas – história e exame neurológico. Quando não existe nenhum sinal de alarme para outras doenças não é necessário realizar nenhum tipo de exame complementar, esses são feitos apenas em caso de dúvida diagnóstica.
O neurologista seguirá um passo a passo para confirmar o diagnóstico respondendo as seguintes perguntas:
Na DP obrigatoriamente o paciente deve apresentar um conjunto de sintomas motores que chamamos de Parkinsonismo. O Parkinsonismo é caracterizado pela presença de ambos sintomas abaixo:·
Algumas medicações podem desencadear um quadro clínico semelhante ao da DP sendo completamente reversível após a suspenção da medicação.
Nos pacientes com DP o uso correto e em dose adequada da levodopa obrigatoriamente causa uma melhora significativa dos sintomas motores (tremor/lentidão/rigidez).
Os principais sinais de alerta que o médico deve ficar atento são:
Nos casos típicos de DP com boa resposta medicamentosa a levodopa não é necessário realizar nenhum exame complementar. Ainda que exista um desejo por parte do paciente de realizar algum exame confirmatório, até hoje não existe nenhum exame de sangue ou imagem capazes de dar o diagnóstico definitivo de DP.
Apesar disso quando há falta de resposta à levodopa e sinais de alarme para outras doenças é indicado realização de exames para investigar doenças que podem mimetizam a DP. Geralmente a investigação se inicia com Ressonância de Encéfalo para avaliar alterações sugestivas de doenças como por exemplo o Parkinsonismo atípico (veja aqui), hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro) e até mesmo AVC, que se ocorrer numa localização estratégica também pode mimetizar DP. De forma bem infrequente podem ser solicitados exames como PET e SPECT.
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