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Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS)

O que é Atrofia de Múltiplos Sistemas?

A Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS) é uma forma de Parkinsonismo atípico caracterizada por alterações do sistema autonômico, da coordenação e pouca resposta ao uso de levodopa.

Quem pode desenvolver essa doença?

É uma doença rara que geralmente se inicia entre 50-60 anos de idade com igual distribuição entre homens e mulheres. Na população com mais de 50 anos, a prevalência é de 2-5 casos em cada 100.000 pessoas.

Até hoje nenhum fator de risco ambiental foi bem estabelecido.

Qual a causa?

A causa ainda é desconhecida. Embora já seja conhecido que ocorre acúmulo anormal de uma proteína, a alfa-sinucleína, no cérebro dos pacientes, ainda não se sabe por que isso ocorre e nem como evitar sua progressão.

Quais os sintomas da AMS?

O cérebro é responsável pelo controle de várias funções do organismo, desde a memória, fala, coordenação, movimentos até o sono e ajuste fino da pressão arterial. Na AMS várias regiões do cérebro deixam de funcionar normalmente causando uma diversidade de sintomas. Dentre esses sintomas, os mais comuns na AMS são:

  • Alteração no controle dos movimentos
  • Dificuldade de coordenação: os movimentos ficam desorganizados como por exemplo, dificuldade em acertar o talher/copo na boca, em segurar a jarra e servir um copo de água ou abotar o botão da camisa etc;
  • Parkinsonismo: presença de tremor, lentidão e rigidez (corpo duro) em parte do corpo durante um movimento. Enquanto o tremor é fácil de ser observado a lentidão e rigidez podem ser percebidas por vezes como uma perna dura, arrastando ou que não obedece;
  • Desequilíbrio: dificuldade de caminhar com risco de quedas;
  • Perda do controle fino da pressão arterial: causando hipotensão ortostática, ou seja, ao se levantar ocorre de forma breve a queda de pressão causando tontura, turvação visual, sensação de desmaio com fraqueza generalizada;
  • Intestino preso;
  • Dificuldade de controlar a urina: perda de xixi nas roupas íntimas, necessidade de “correr” para urinar, aumento do número de micções durante a madrugada;
  • Alteração da função sexual: dificuldade em ter e/ou manter ereções; 
  • Respiração ruidosa (ou barulhenta): devido à estridor laríngeo;
  • Distúrbios do sono: presença de Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS), Apnéia central e alterações do sono tipo REM como por exemplo falar dormindo, ter sonhos vívidos com movimentos bruscos com risco, inclusive, de queda da cama e machucar parceiro;

Cada paciente é único e cada um apresentará apenas parte dos sintomas acima descritos com uma gravidade diferente. Enquanto alguns pacientes apresentam marcadamente alteração na coordenação sem parkinsonismo (tremor/lentidão/rigidez), outros a coordenação está poupada, porém o parkinsonismo será mais evidente.

Observando isso, podemos subdividir essa doença conforme os sintomas mais intensos e evidentes:

  • AMS-P: com predomínio de parkinsonismo – tremor/lentidão/rigidez;
  • AMS-C: com predomínio de ataxia cerebelar – alteração de coordenação;
  • AMS: Síndrome de Shy-Drager – predomínio da desregulação autonômica caracterizada por descontrole da pressão arterial, da bexiga, do intestino e da função sexual.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico geralmente é clínico, ou seja, depende da conversa com o especialista e do exame físico neurológico. Apesar disso, nas fases iniciais da doença, pode ser difícil diferenciar a AMS das outras formas de parkinsonismo. Alguns exames podem auxiliar no diagnóstico, sendo os mais utilizados a ressonância magnética, o exame para avaliação do controle pressórico (tilt test) e exames para avaliar o funcionamento da bexiga.

Apesar destes exames conferirem maior confiança ao diagnóstico, a certeza só é possível com avaliação de amostras de tecido cerebral, um procedimento invasivo que não é realizado no dia a dia para estes casos.

Existe tratamento?

Existe tratamento para controle de sintomas sendo importante para melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações associadas a doença. Apesar disso, a MSA é uma doença degenerativa cujo tratamento de cura ainda não foi descoberto. Deste modo os sintomas tendem a piorar com o passar do tempo, por isso a importância do tratamento precoce visando garantir melhor funcionalidade e qualidade de vida ao paciente.

Considerando que está doença apresenta uma grande variedade de sintomas, o tratamento é individualizado tentando contornar os principais sintomas de cada um. Segue a relação das principais queixas com o objetivo de tratamento e tratamento utilizado:

Queixa
Objetivo do Tratamento
Tratamentos disponíveis

Sintomas motores:

  • Parkinsonismo
  • Descoordenação
  • Minimizar a lentidão, a rigidez e o tremor do corpo
  • Minimizar falta de coordenação motora
  • Teste terapêutico com medicações orais como a levodopa.
  • Reabilitação multidisciplinar – terapia ocupacional e fisioterapia.
  • Queda da pressão arterial ao se levantar (Hipotensão ortostática)
  • Evitar a queda transitória da pressão arterial ao se levantar
  • Reduzir risco de acidentes devido queda e desmaios
  • Medidas de comportamento: uso de meia elástica compressiva, ajuste da ingesta de água e da quantidade de sal.
  • Nos casos mais graves, uso de medicações orais que ajudam no controle da pressão.
  • Dificuldade de segurar a urina
  • Melhorar desconforto relacionado a frequência de idas ao banheiro
  • Reduzir risco de infecção de urina
  • Medidas de comportamento como predefinição de horários para ingerir maiores volumes de água e treinamento de bexiga
  • Vigilância quanto sinais de infecção- Seguimento com urologista
  • Intestino preso
  • Melhorar desconforto relacionado a prisão ventre
  • Dieta laxativa e boa ingesta de água
  • Medicações para prisão de ventre
  • Salivação excessiva
  • Reduzir a produção de saliva
  • Reduzir desconforto da salivação e o constrangimento social.
  • Medicações orais reduzem a produção de saliva,
  • Nos casos graves, aplicação de toxina botulínica nas glândulas salivares para reduzir a produção salivar.
  • Fala baixa e enrolada
  • Engasgo
  • Melhorar o tom e reduzir o empastamento da voz
  • Reduzir risco de engasgo
  • Reduzir risco de pneumonia broncoaspirativa
  • Terapia com fonoaudióloga com treinamento de fala e de deglutição
  • Distúrbios de sono
  • Melhorar qualidade do sono
  • Reduzir risco de acidente como queda da cama por movimentos bruscos durante sonhos
  • Reduzir risco cardiovascular associado a SAOS/ Apnéia central
  • Uso medicações orais para tratamento
  • Perda de socialização
  • Limitação física com incapacidade atividades cotidianas
  • Reabilitação física
  • Manter a integração social e maior independência
  • Minimizar limitações físicas
  • Aprender novas maneiras para realizar tarefas mesmo com limitações físicas
  • Acompanhamento multidisciplinar com terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudióloga
  • Uso de dispositivos acessórios quando necessário

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